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INOVAÇÃO ESTÁ ONDE VOCÊ MENOS ESPERA

  • Foto do escritor: Rochelle Jelinek
    Rochelle Jelinek
  • 4 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de set. de 2021


Inovação não é inventar a roda e não é só adotar tecnologia. Para inovar, é preciso enxergar.

Mas como superar a fixação que induz a ver algo somente da forma que é usado ou feito tradicionalmente? Quando se trata de inovação, negócios e serviços estão constantemente sujeitos à fixação do olhar em padrões conhecidos e vieses cognitivos preexistentes, que levam as pessoas a ignorar soluções simples que saltam à vista, mas que só cérebros treinados com a habilidade criativa (observar, questionar, contatar, testar) conseguem ver.

Ideias criativas seja para novos negócios, novos serviços, seja para soluções de problemas, podem surgir explorando a força do que é simples mas costuma ser ignorado.

Há várias técnicas e ferramentas para ajudar a superar armadilhas cognitivas ou estagnação criativa para gerar ideias e soluções inovadoras, seja concebendo algo novo, descobrindo novas funções para o que já existe, ou prevenindo antecipadamente ameaças e problemas. Usar ferramentas não requer talento, dom nem níveis extremos de criatividade, basta ter acesso a elas.

Primeiro, vamos ver que barreiras cognitivas e criativas são essas.

Fixação funcional

Também conhecido como “problemas de insight”, as pessoas tem dificuldade de enxergar na hora do aperto como encontrar soluções em coisas simples. A mãe da inovação é a necessidade, e nela se buscam soluções dando novas funções para o que já existe. Na hora do aperto, quantas pessoas pensariam em usar o pavio de uma vela para atar algo na urgência?

Quando vemos algo que nos é comum, eliminamos o conhecimento de outros aspectos e só pensamos no óbvio.

Uma técnica que funciona muito é decodificar coisas, objetos, serviços, produtos. Foi isso que se fez com o átomo ou com o DNA. Quando se faz a decodificação[1] de algo, é possível ver diferentes partes que o compõem e enxergar outras funções para o que já existe. Se “desmontássemos” uma vela, veríamos que é feita de barbante e cera, e poderíamos encontrar novas funções para cada um dos seus componentes. Esse mesmo raciocínio serve para qualquer serviço. É uma forma de quebrar a barreira e evitar a limitação de só enxergar o óbvio.

Da mesma forma que pilotos usam checklists para ter certeza que não esquecerão de nenhum item ao preparar um voo, se fizermos um checklist de características e subdivisões de um serviço, podemos enxergar soluções que comumente são ignoradas.

Fixação em objetivos

Outra fixação que impede a criação de novas ideias e soluções é fixação no objetivo. Se alguém pedir para colar algo num lata, há chance de só pensar em cola ou fita adesiva. Mas e se ao invés disso, pedisse para prender algum coisa numa lata? Mudar um verbo pode fazer toda a diferença. Se buscar sinônimos para o verbo e outras ideias conexas – aderir, atar, enganchar, grampear, fixar, soldar, velcro, clips, prego, barbante, etc. – podem surgir vários insights a partir dessas novas palavras. O dicionário online WordNet ajuda muito para buscar esses sinônimos e hipônimos.


Pensamento inovador

De uma forma bem simples, a solução de problemas (toda inovação é uma nova solução para um problema existente), consiste em duas coisas conectadas: estruturar o objetivo e combinar recursos para executá-la. Cada variação do objetivo e cada variação de um aspecto escondido, com a decodificação, sugere novos caminhos e novas ideias.

Fazer uma intersecção entre ideias novas, recursos disponíveis e necessidades das pessoas, é o que leva à implantação da inovação.

Inovação não vem com passe de mágica. Vem com treinamento.

Barreiras à inovação são como a gravidade – presentes em toda parte, previsíveis e não tão intensas quanto se imagina. Mas existem formas de superá-las. O caminho mais simples e mais fácil é treinar o cérebro para ver o que os outros não veem, e perceber que a solução que procuram, em geral, está bem diante dos seus olhos.



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